Tuesday, October 12, 2021

Novas Ameaças de Segurança em APPs





Celulares (smartphones) tornaram-se objetos do cotidiano.
Se antes não podíamos sair de casa sem a carteira (dinheiro e documentos), hoje caminhamos para substituí-la através do celular.

A priori vi com bons olhos.
Carteira e celular são incômodos para carregar pelo volume e peso que têm.
Mulheres usam bolsa, talvez não se importem muito, mas homens gostam de usar os bolsos para evitar ter as mãos ocupadas.

Com o viabilização do pagamento de contas via celular, quase pensei em aposentar a velha carteira, mas repensei.

Existem vários pontos de consideração, no entanto, vou ficar com os principais:

- Se roubarem o celular, ou perdê-lo?
O celular concentra tudo e isso aumenta as chances de dolo.
O desespero é maior.

- Se o celular estiver "contaminado" por aplicações aparentemente inofensivas que nós mesmos instalamos porque ofereciam algo que nos interessava, e de graça (algo irresistível para a maioria de nós).
Essas aplicações "pseudoinofensivas" na maioria das vezes coletam informações como forma de pagamento pelo serviço dito gratuito. Nada é de graça. Tudo precisa de uma forma de subsistência.
Quando a informação coletada não é tão prejudicial, ainda não nos importamos.

A questão é como medir isso?
Como podemos saber o teor da informação repassada e quando o que é aparentemente seguro tornar público hoje deixa de sê-lo amanhã?


Às vezes, a informação inútil de hoje, sob um novo contexto do amanhã, torna-se algo muito sensível.

Diante de tudo isso, há muito venho reduzindo minha exposição pessoal, porque aceitar essa exposição é contribuir para a perda da pouca liberdade que sobrará amanhã, à medida que vamos nos acostumando (e aceitando) a ser pajeados pelos nossos celulares, assim como era bem antigamente em que o namorado saia com a namorada acompanhada do irmão caçula por imposição dos pais dela. 😊

Eu não peguei essa época, mais cheguei a ser o irmão caçula. Terrível para mim e para eles. 😁

A minha atenção sobre o assunto segurança se agravou diante uma ocorrência muito séria com o acesso à minha conta bancária no Itaú. Apesar de acessar a conta, os pagamentos de contas eram bloqueados, o que me exigia esperar de algumas horas a alguns dias para desbloqueá-los.

Recorri inúmeras vezes ao suporte de TI do banco, mas sem solução.
Eles retornavam sempre a mesma pequena lista de aplicações que não são compatíveis com a app do banco e que devem ser desinstaladas, pois do contrário, elas bloqueiam qualquer transação.


Tinha duas soluções: ou desistir do banco ou descobrir o problema.

Já que gosto do Itaú (muitos anos como correntista), e sendo profissional de TI, aceitei como desafio resolver o problema pois tinha tempo à ocasião, já que estava de férias.
No corre-corre do dia-a-dia, eu não teria tido tempo, e certamente teria transferido todas as operações para outro banco onde também tenho conta e que não apresentava esse empecilho.

Eu já havia desinstalado todos os aplicativos de conexão remota do celular que o suporte de TI do Itaú havia condenado como incompatível com os termos de segurança do banco, mas o problema continuava.

Eu tinha que criar um critério novo, diferente da orientação do suporte, para que não acabasse tendo que desinstalar todas as apps do celular, ou seja, utilizar aquela opção do celular em que o mesmo apaga tudo e retorna ao estado original de quando você comprou. 👿
Seria minha última opção.

O critério que escolhi foi eleger o nome do fabricante.
Como a aplicação TeamViewer provoca esse bloqueamento para a app do Itaú, pesquisei no meu celular todas as aplicações que tinha e comecei uma pesquisa pelo notebook via browser coletando informações sobre cada uma delas, até que... descobri que a aplicação LifeAR era fabricada pela TeamViewer, o mesmo fabricante da aplicação de conexão remota que leva esse nome (TeamViewer).

O problema é que tal aplicação nada tem com conexão remota, ao menos no descritivo que ela traz.
Trata-se de uma aplicação de "realidade aumentada", e que por essa razão jamais iria descobrir se não tivesse adotado uma outra lógica de solução, diferente daquela que o suporte havia me passado.

Desinstalei a aplicação LifeAR e testei após 2 dias de espera para que o suporte desbloqueasse minhas transações. Essa demora nos bloqueios tornavam os testes bastante difíceis. Cada tentativa com insucesso representava de 1 a 2 dias para desbloquear, até que pudesse fazer um novo teste.
Eu precisava acertar rápido, com o menor número de tentativas possível ou apagar tudo do celular, se não tivesse mais tempo.

Bingo!
Uma vez desinstalada a app de realidade aumentada LifeAR, os bloqueios se foram e pude começar a agendar minhas contas. Sorte que não deixo contas para a última hora, sempre agendo com muita antecedência porque não confio em conectividade: Lei de Murphey.

E se você não fosse um profissional de TI, ou não tivesse tido a sorte de ter tempo para "brincar" com isso durante dias?  Certamente acabaria na fila do banco, ou na fila de uma ATM (aquelas máquinas de autoatendimento).

Alguns dias depois, através do Jornal Estadão acessei este artigo do canal Link que trata de assuntos de TI, falando das ameaças mais recentes de hackeamento via stalking através de apps que nós mesmos instalamos no celular.

Depois de reavaliar as novidades que ameaçam nossa segurança, já que o antivirus muitas vezes ainda não está preparado para tais novidades, e portanto deixa passar porque ainda não detecta, até que você se torne a cobaia que irá disparar o alerta aos fabricantes que então tomarão providência. 
Só que virar cobaia pode sair muito caro.

Conclusão: a melhor solução é ter dois celulares diferentes.
Um sem qualquer app instalada, exceto aquelas dos agentes bancários e financeiros em que temos confiança, e um outro celular de "playground", onde você pode instalar as apps que gosta, aquelas utilidades que fazem diferença em nossas vidas.

Deveras!... 
Contudo convém lembrar que você continuará rastreado pelo Google em todas a suas atividades (foto abaixo).
Desligar o celular não adianta. Só mesmo tirando a bateria até que eles inventem 
a qualquer pretexto uma bateria extra embutida, não removível. Neste caso só desativando tal bateria extra ou dando preferência a celulares sem a mesma. Futuro? Sim, mas não improvável.
 
Não se conforme.
Se a sua liberdade não é importante, talvez a dos outros seja, incluindo o futuro dos seus filhos.

O despotismo governamental cresce intensamente, sejam nas democracias ou nos regimes totalitários.
O celular é o instrumento perfeito de
surveillance.

Pensa nisso!

Nota: alguns links podem estar em inglês. Utilize o modo de tradução do browser ou do próprio site.


CÓPIA PARCIAL DE E-MAIL ENVIADO À GERÊNCIA DO BANCO ITAÚ





GOOGLE MAPS TIMELINE (RELATÓRIO COM SEU RASTREAMENTO)







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